Comunicado de guerra nº 3/69 do MPLA

Cota
0110.000.028
Tipologia
Documento militar
Impressão
Policopiado
Suporte
Papel Comum
Autor
Comité Director do MPLA
Locais
Data
Idioma
Conservação
Bom
Imagens
2
«Papel timbrado: MPLA» COMUNICAD DE GUERRA 3/69 F R E N T E D E L E S T E III REGIÃO Distrito de Cuando-Cubango Vendo-se na impossibilidade de liquidar os guerrilheiros, os facínoras do corpo expedicionário português exercem represálias dum barbarismo sem limites sobre a população civil. Assim, no dia 4 de janeiro de 1969, pelas 10.00 horas, 3 helicópteros do quartel de Ntiengo metralharam as pacíficas populações da área do rio Kapemba, tendo morto uma senhora de nome NYAKANGUNDO. No dia 29 de Janeiro, soldados fascistas que haviam sido transportados por 4 helicópteros, invadiram uma aldeia do Povo. Não encontrado senão um velho doente, que não tinha podido fugir, queimaram-no dentro da sua casa. Tal é o nível de selvajaria atingido pelos fascistas do exército português. No mesmo dia, soldados colonialistas vindos de Ntiengo, assassinaram mais uma pessoa do Povo nas margens do rio Kwatili. Ao mesmo tempo que pratica estes actos de barbaridade, o exército colonial prende a população que ainda se encontra do seu lado, em campos de concentração, e efectuar missões para capturar as populações das regiões sob nosso controle. Mas o Povo utiliza todos os meios para se evadir dos campos de concentração, que melhor se deveriam chamar campos da morte, porque só no que se situa em torno do quartel de Ntiengo morrem diariamente 10 a 15 pessoas em média. Porém os guerrilheiros do MPLA fazem os colonialistas pagar bem caro os seus crimes. As emboscadas sucedem-se, cada vez mais pesadas em consequências para os invasores estrangeiros. 1) No dia 7 de Fevereiro de 1969, um pelotão reforçado do quartel de Ntiengo, em “operação de limpeza”, penetrou em território controlado pelo MPLA, na região de Nyambumbu, mas foi imediatamente detectado pelos guerrilheiros de MPLA, que lhe armaram uma emboscada. Os colonialistas sofreram 25 baixas, enquanto que do nosso lado não há a lamentar nenhuma perda. 2) No mesmo dia, vários helicópteros depuseram na região do combate cerca de cinquenta soldados fascistas que tinham por missão “limpar a área”. Mas, eles também caíram numa outra emboscada sofrendo uma trintena de baixas. Este recontro realizou-se nas margens do rio Koa. Surgiram pouco depois, seis helicópteros de socorro; três transportaram os mortos e feridos e os outros três sobrevoaram regularmente a região durante três dias, mas sem quaisquer resultados. 3) No dia 11 de Fevereiro, uma coluna de três viaturas inimigas que fazia o percurso Mavinga-Chitendi, caiu numa emboscada do MPLA. O balanço do lado colonialista é pesado: 27 baixas e duas viaturas destruídas. 4) No dia 24 de Fevereiro, pelas 07.00 horas, na região da Mavinga, os nossos guerrilheiros abriram fogo sobre um pelotão do corpo expedicionário português. Ao fim de 25 segundos de combate, 11 soldados inimigos foram postos fora de combate. BALANÇO DAS PERDAS INIMIGAS -Soldados colonialistas postos fora de combate………………………………….93 -Viaturas destruídas………………………………………………………………………….... 2 Do nosso lado não há a lamentar nenhuma baixa. A VITÓRIA É CERTA COMITÉ DIRECTOR DO MPLA *[Carimbado: Comité Director do MPLA] Angola, 19/3/69 mm.

Comunicado de guerra nº 3/69 (Frente Leste – 3ª região - Distrito de Cuando-Cubango) com balanço das acções de Janeiro e Fevereiro (Angola).

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