Declaração do MPLA sobre circulação dos militantes do MPLA na RDC

Cota
0096.000.017
Tipologia
Declaração
Impressão
Policopiado
Suporte
Papel Comum
Autor
Comité Director do MPLA
Data
Conservação
Bom
Imagens
2
Acesso
Público
DECLARAÇÃO

O MOVIMENTO POPULAR DE LIBERTAÇÃO DE ANGOLA (MPLA) declara que se encontra impossibilitado de participar como observador à Conferência dos Chefes de Estado e de Governo a realizar em Kinshasa no mês de Setembro de 1967, em virtude de ainda não terem sido criadas as condições de segurança para os militantes do MPLA no território do Congo (Kinshasa).
Com efeito, continuam encarcerados nas prisões subterrâneas de KINKUZU (Baixo-Congo) mais de cinquenta militantes do MPLA, entre os quais o Comandante JOÃO GONÇALVES BENEDITO e cinquenta raparigas.
Todos os militantes activos do MPLA ou estão presos ou foram expulsos do território congolês. Esta situação não corresponde de modo algum as promessas feitas ao MPLA por certos membros do Governo do congolês aquando da Conferência do Comité dos 24 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Até este momento as autoridades congolesas não permitiram aos militantes do MPLA trânsito pelo seu território, para abastecerem as zonas de combate em Angola, apesar do Congo (Kinshasa) ser membro do Comité de Libertação de África.
Forçado a estar ausente em Kinshasa, o MPLA faz mais um premente apelo aos Chefes de Estado e de Governo Africanos, para que procurem resolver esta situação que não só retarda a luta de libertação de Angola, como ainda, paradoxalmente, faz sofrer na cadeia, dezenas de patriotas angolanos sinceros, cujo único crime é o de combater contra os colonialistas portugueses para a libertar o seu país e contribuir assim para a Independência total da África.

VITÓRIA OU MORTE!
A VITÓRIA É CERTA!

O COMITÉ DIRECTOR DO MPLA
Dar-es-Salaam, 21/8/1967



DECLARATION

LE MOUVEMENT POPULAIRE DE LIBERATION DE L’ANGOLA (MPLA) déclare qu’il lui serait impossible de participer en tant qu’observateur à la Conférence des Cheffes d’Etat et du Gouvernement Africains, qu’aura lieu à Kinshasa au mois de Septembre, 1967, étant donné qu’ils n’existent encore les conditions de sécurité pour les militants du MPLA dans le territoire du Congo (Kinshasa).
En effet, plus de cinquante militants du MPLA sont encore dans les cachots souterrains à KINKUZU (Bas-Congo) et parmi eux le Commandant JOÃO GONÇALVES BENEDITO et cinq jeunes filles combattantes.
D’autre part, tous les militants actifs du MPLA ou bien sont en prison ou bien furent expulses du territoire congolais. Or, cette situation ne correspond aucunement aux promesses faites au MPLA par certains membres du Gouvernement Congolais au moment où se réalisait la Réunion de la Commission des 24 de l’Organisation des Nations Unies.
Jusqu’à ce moment, les autorités Congolaise n’ont pas permis aux militants du MPLA le transit à travers son territoire en vue de ravitailler les zones de combat en Angola, malgré que le Congo (Kinshasa) soit membre du Comité de Libération de l’Afrique.
Obligé d’être absent de Kinshasa, le MPLA fait un appel de plus aux Chefs d’Etat et du Gouvernement Africains pour qu’ils cherchent à résoudre cette situation laquelle pas seulement retarde la libération de l’Angola comme encore fait souffrir dans les cachots, plusieurs dizaines de sincères patriotes angolais, dont le seul crime c’est de combattre contre les colonialistes pour libérer leur Pays et de contribuer, par-là, pour l’Indépendance total de l’Afrique.

LA VITOIRE OR LA MORT !
LA VITOIRE EST CERTAINE !

LE COMITÉ DIRECTEUR DU MPLA
Dar-es-Salaam, 21/8/67

Declaração do MPLA sobre circulação dos militantes do MPLA na RDC (Dar-es-Salaam)

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