Discurso de encerramento do 1º Congresso da UNTA de Pascoal Luvualu


U.N.T.A.
UNIÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES ANGOLANOS “U.N.T.A.”
DISCURSO DE ENCERRAMENTO DO PRIMEIRO CONGRESSO NACIONAL
POR Pascal LUVUALU, Secretário-Geral

Caros Camaradas,
Vivemos agora um momento solene, um momento de recolhimento pelas almas dos nossos irmãos, mártires do colonialismo tombados sob as balas agressoras, no dia 4 de Fevereiro de 1961, data que comemora a insurreição armada do nosso povo.
Hoje, os trabalhadores de todos os países do mundo manifestam a sua solidariedade, a sua simpatia ao povo de Angola e inclinam-se perante a memória dos que foram as primeiras vítimas do colonialismo português, que sacrificaram a sua vida, verteram o seu sangue pela liberdade e para que viva a Pátria Angolana.
Nós, trabalhadores angolanos, não podemos ficar indiferentes nem podemos fingir ignorar a grandeza e o valor de espírito dos nossos irmãos tombados no campo da honra. Peço-vos um minuto de silêncio.

Caros camaradas,

O nosso congresso nacional realizou-se no período que separa os três anos de luta heróica conduzida, pelo nosso povo, contra o colonialismo português. A análise histórica feita sobre a situação geral durante o nosso Congresso, deixa crer que a carência de quadros políticos dedicados à causa do povo, a ineficácia política do movimento de libertação, a falta de uma boa direcção, a divisão profunda e permanente no seio do povo são a causa do enfraquecimento do movimento de libertação nacional do nosso povo.
O balanço das nossas actividades durante os três anos permitiu-nos descobrir esta “VERDADE” histórica, verdade posta a nu nas nossas resoluções: a ausência de unidade de acção e de uma boa direcção devida à política de ódio, de supressão e de ambição do poder.
Neste grave momento, os trabalhadores e o povo de Angola devem estar vigilantes - devem distinguir entre os que brincam à revolução e os verdadeiros revolucionários.

Viva a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos
Viva o Primeiro Congresso Nacional dos Trabalhadores Angolanos
Viva a revolução angolana