Cópia da Carta da Secção de Paris a Hugo Menezes

Cota
0007.000.008
Tipologia
Correspondência
Impressão
Dactilografado (2ª via)
Suporte
Papel comum
Remetente
MAC - Secção de Paris
Destinatário
Hugo Menezes
Locais
Data
1959 (estimada)
Idioma
Conservação
Bom
Imagens
1
Observações

Foi publicado no 1º Vol. de «Um amplo Movimento…»

Acesso
Público

d250 CÓPIA DA RESPOSTA DA SECÇÃO DE PARIS [dactilografada – possivelmente incompleta] A secção de Paris do MAC, reunida em 22 de Setembro último, apreciou na sua ordem do dia o conteúdo político das tuas cartas de 6 e 10-IX-1959. Dois pontos essenciais retiveram particularmente a nossa atenção: I – Memorandum dirigido ao Bureau Politique du PDG [Parti Démocratique de Guinée]. II – Recrutamento dum grupo de Guineenses e sua inclusão no MAC. Sobre o primeiro ponto, declaramos a nossa satisfação, louvamos o esforço empreendido e manifestamos o nosso acordo com as 7 proposições formuladas junto do PDG. Fazemos votos enfim por que a tua missão seja coroada de êxito. Agrada-nos constatar que procuras realizar seriamente os ideais do nosso movimento. Mas quanto à iniciativa que acabas de tomar em relação aos Guineenses emigrados em Conakry, afigura-se-nos que ela comporta alguns riscos e minimiza um factor importante da luta anti-colonialista. Comporta alguns riscos, já porque, segundo deixas entender na tua carta há elementos que não inspiram confiança, já porque a tua reduzida experiência em território guineense (condicionada pelo factor tempo) ainda não te permitiu avaliar das garantias políticas e das qualidades de trabalho dos indivíduos em questão. O recrutamento de novos elementos para um movimento não deve ser determinado pela simples necessidade imediata, ainda que legítima, de produzir um trabalho em comum. Princípio de estratégia e prudência. Isto, por um lado. Por outro lado, a tua iniciativa minimiza um factor essencial: o tipo de acção política que cabe aos elementos em causa. Uma tarefa se impõe aos nossos olhos, aos emigrados duma colónia portuguesa em território africano independente que é sua vizinha e prolongamento natural: a formação duma organização anti-colonialista guineense cuja missão essencial é de contribuir para o reforçamento da actividade do interior. Cremos que o Governo da Guiné independente estava justamente no bom caminho, ao encorajar a organização dos emigrados da Guiné «colonizada».

Cópia da Carta da Secção de Paris a Hugo Menezes (Outubro 1959?)

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